segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O lacaio Coelho.

Passos Coelho foi eleito pelos portugueses, pelo menos por uma maioria onde tenho orgulho em não me incluir. Foi eleito com um falso programa eleitoral que nunca intentou cumprir. Foi eleito por um povo que se recusa a servir e pelo qual tem o mais grave desrespeito. Foi eleito num pedestal de mentiras descaradas e de gozo constante com a cara dos portugueses, aqueles que nunca o quiseram à frente do governo incluídos. Foi eleito para governar Portugal, porém, confunde o país e o seu povo com uma dúzia de chupistas cujos interesses parecem ser o propósito da governação da tróica, Miguel Relvas, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

Por maior que seja o número e por piores que sejam os escândalos em que vejamos Miguel Relvas envolvido, a verdade é que jamais o primeiro-ministro terá a atitude correcta e decente de o afastar do governo, na verdade, nem que quisesse o lacaio deveria ter poder para tocar em Relvas. Então, lá vem o Miguelito, escândalo, após escândalo, gozando com a nossa cara. Já não bastando o curso mais aldrabado que o de Sócrates, ainda tendo mentindo, na Assembleia da República quanto às suas habilitações literárias, afirmando-se como estudante do 2.º ano de direito, quando tinha apenas concluída uma disciplina do 1.º ano. Um mero lapso, diz este; quem não costuma enganar-se de maneira tão inocente e tendo apenas uma cadeira concluída no 1.º ano, vai ao Parlamento dizer que é aluno de 2.º? A mim acontece-me frequentemente, dou por mim, às duas por três, a pedir um novo formulário, porque me enganei e confundi fazer uma única cadeira com passar de ano. Claro está que Coelho, o lacaiozinho, defende Relvas e tenta minorar mais uma das falcatruas do burlão que no Brasil passa férias não só com figuras duvidosas do panorama nacional mas, também, na companhia de um brasileiro cujas acções tornam os três parceiros portugueses em autênticos meninos de coro.

Mas, assim como defende Relvas, Pedro Passos Coelho diz agora ter a maior confiança em Franquelim Alves, indigitado para o cargo de Secretário de Estado do Empreendedorismo. Confiança que não discuto, eu também confio que se não houvesse qualquer problema em este ter sido administrador do grupo SLN - BPN, este dado não teria sido escondido do público e dos média. Também confio que um homem que há quatro anos afirmou ter-se apercebido da fraude no BPN mas preferiu ficar quieto e calado, ao invés de informar o Banco de Portugal das suas suspeitas, é uma pessoa de extrema integridade e confiança para membro do governo.

Passos Coelho é sem dúvida uma pessoa de grande coração, confiando plenamente nas qualidades daqueles que são vítimas da injustiça da opinião pública. Contudo, Coelho poderia ter um pouco de tacto e lembrar-se que os portugueses que o elegeram, aqueles que fazem parte da opinião pública, estão fartos de ver a banca que nos roubou e deixou na actual situação mamar dinheiro que ninguém percebe porque lhes há-de pertencer. Coelho esquece-se, ou finge não ter em consideração, que os portugueses estão fartos desta pouca vergonha a que ele chama austeridade que nunca afecta, de modo algum, aqueles que são descarada e declaradamente responsáveis pela situação calamitosa do país. E vem afirmar a sua confiança em pessoas de integridade duvidosa, enquanto onera nos portugueses os interesses dos amiguinhos que, de quando em vez, vêm a público demonstrar o quanto para eles não somos mais que lixo.

1 comentário:

Rogério Paulo Martins disse...

http://expresso.sapo.pt/denuncia-de-franquelim-nao-bate-certo-com-a-comissao-de-inquerito=f785127