quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aumento do salário mínimo

Não percebo muito de economia (na verdade, a vaidade não me permite admitir que não percebo é mesmo nada!), contudo e perante a mais recente polémica face ao aumento (oportunista?) do salário mínimo, o qual se não fui e estou a induzir em erro, afecta somente o sector privado, não orçando assim o erário e consequentemente os funcionários públicos, vejo-me impledido a comentar a solução encontrada pela Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES) para combater esta subida.

Não sei, nem vou comentar, se a resolução e a altura do anúncio da mesma serão adequadas, mas o que é certo, é que o governo anunciou a subida do salário para quatrocentos e cinquenta euros, valor que observado como aumento me provoca uma vontade incontrolável de chorar a rir, contudo quando começo a chorar, perco a vontade de rir.

Mas enfim, regresso à ANPMES, que em entrevista à RTPN, admite que caso o governo vá em frente com este aumento, reagirá com a não renovação de mais de quarenta e três mil contratos precários de trabalho. Honestamente, acho que de facto mandar mais de quarenta mil pessoas para o caralho, peço desculpa, para o desemprego, será uma atitude extremamente digna, responsável e matura, para demonstrar o seu desagrado para com uma resolução, que segundo as palavras do porta-voz da associação, "vem em tempo de eleições"....

É que sabem, às vezes, fico um pouco triste, sem palavras e não é por questões de discórdia ou concórdia, com este e\ou outros assuntos. É somente por ouvir coisas como esta, e, estavamos melhor se fossemos espanhóis, e ainda, da boca dos professores que nos estão a formar para sermos o futuro de Portugal: "Se tivesse a vossa idade, ia-me embora, emigrava. Que isto aqui não dá nada..." Sabem, não é uma questão de ser contra ou a favor destas coisas, é que quando estas se ouvem e houvem, só se pode mesmo é pensar no futuro. E honestamente, não consigo pensar em algo que cada vez mais caminha para não existir...

Não sou uma pessoa pessimista e em verdade também o não sou optimista mas como disse Kafka:

"Há esperanças, só não para nós."

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

FRIZE Apresenta: Pedro Tochas - Já tenho idade para ter juízo

Está a chegar o frio. E com este vem o indissociável pingo, as tosses e os catarros; mas nós, "os pecadores", temos boa solução e remédio para receitar ao estimado (de)leitor. E que mais, senão rir? Pois claro, porque "rir, é o melhor remédio" e como as coisas não andam muito de sorrisos, porque não procurar alegrarmo-nos?

O senhor Pedro Tochas anda em digressão pelo país, com o seu mais recente espectáculo, "Já tenho idade para ter juízo" e porque não aproveitar os fins-de-semana, para descomprimir da pressão do dia-a-dia, rindo a bandeiras despregadas, com o humor deste senhor que o tão bem sabe fazer?

Segue a lista de espectáculos ainda restantes, da tournée, que já passou por um terço das cidades agendadas. Por isso já sabem, mãos-à-obra.



Santa Maria da Feira
Cine-Teatro António Lamoso
25 de Outubro

Vila Real
Teatro de Vila Real
31 de Outubro

Leiria
Teatro José Lúcio da Silva
6 de Novembro

Portalegre
CAEP
7 de Novembro

Os Bilhetes já estão à venda.
Toda a informação sobre o TOUR aqui:
http://www.pedrotochas.com/idade.htm

Apareçam!!!!!



Deixo em anexo esta entrevista a Pedro Tochas, conduzida por Ricardo Vilão.

Entrevista a Pedro Tochas

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Pecado original inspirado no "não sou muito dessas coisas"

Façam-nos acreditar que temos vida, que a temos, que a controlamos e que é sempre possível mudá-la para melhor.
Para isso, concedam-nos empregos, casas, carros, barcos, aquecedores, refrigeradores, aspiradores e tudo o mais que consigam lembrar-se. Que algum de nós, ainda que remotamente, possa alguma vez vir a querer. Não é preciso serem exigentes na qualidade das ofertas que as nossas pretensões, também não o são, têm é de ser muitas, muitíssimas! Não se preocupem, nós, comemos de tudo. Desde que nos ponham à frente, marcha!
Assim sendo, presenteiem-nos com banquetes de informações. Mostrem-nos tudo aquilo que podemos e não podemos ter, aquilo que existe, que existiu, que vai existir e mostrem também, já agora, o que nunca existiu, mostrem-nos, verdade ou não, mostrem, nós queremos é ver! Ver para crer! Ou ver para querer! É já igual, por isso, sirvam-se então os vossos banquetes pelas televisões, rádios, revistas, livros, jornais, montras, cartazes, na Internet, que inocente, discreta e previamente, foram distribuídos por todo o planeta. Sirvam-nos até a exasperação de não dormirmos e só sonharmos.
Para isso, basta-nos fazer crer que é possível que de um momento para o outro, possamos ser nós os vencedores. Façam-se lotarias, ofereçam-se empregos bem remunerados, empregos muito bem remunerados, e ordenados estapafúrdios, que nós sonhamos. Não precisam ser muitos, desde que haja sempre um ou outro afortunado do povo, o povo sonha.
Melhor, façam mesmo como bem entenderem, desde que nos façam acreditar que temos vida e que somos nós que a controlamos, por nós, tanto nos faz….
Mas nem só de matéria se faz a vida, há também a sua parte de valor imensurável, embora todos saibamos que dinheiro traz felicidade, também somos todos unânimes em saber, que há gente que o tem aos milhões e ainda assim não o é. Por isso, crivando a felicidade material da imaterial, é já fácil perceber que falta tão pouco para serdes vós, os nossos plenos comandantes da felicidade. E é isso que nós queremos, “nós não somos muito dados a essas coisas” de nos controlarmos a nós próprios. Para quê chatearmo-nos com os nossos destinos, se há gente disposta a fazê-lo por nós?
Vocês controlem-nos que a gente só quer viver a nossa vidita na paz de algum senhor, ou de algum analgésico para finalmente adormecermos no nosso sonhar…

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Política à escala "um por todos" todos a nenhum

Enquanto os olhos do mundo se centram ávidos na corrida eleitoral dos EUA, nós por cá, temos já o resultado das eleições legislativas regionais nos Açores. E se o interesse nas eleições presidenciais norte-americanas refere ao vencedor, no caso nacional, não interessa a este artigo a vitória partidária das legislativas, antes a vitória percentual e honestamente, imoral!

Há cerca de uma semana, retive de uma reportagem sobre a corrida eleitoral das legislativas, as palavras de uma açoriana, que questionada sobre a sua afluência às urnas, ou seja, se ia ou não votar, responde: "Não, não vou. Não sou muito dessas coisas..."

Portanto, creio que ela e os restantes 53,24% de abstenção dos açorianos, reflectem um: "não sou muito dessas coisas..." E meus amigos, isto é grave. Muito grave, para aqueles que como nós acreditam ainda em utopias como liberdade, democracia e atrevo-me a dizê-lo; socialismo - e é Proudhon (por lapso tinha escrito Proust, peço desculpa. Influências das matérias leccionadas...), não Marx quem evoco nesta alusão. Porque estes 53,24%, são "sinónimo" dos 35,74% das legislativas de 2005. Estes valores reflectem uma grande maioria de pessoas que, não sendo muito dadas a estas coisas, nem tampouco devem sequer preocupar-se com a competência - ou falta dela - de quem os governa.

É assim, meus amigos, que elites de "amiguinhos" chegam ao poder e trocam favores, à pala do suor do mexilhão, quer do eleitor, quer do abstinente. Que votar, não vota, mas para se queixar e pedir melhores salários está lá ele, o abstinente, que "não é dessas coisas..." E depois, PS e PSD, com as suas elites de amigos e influências em conjunto com mais alguns votos dos parvos - e uso aqui a palavra, não numa lógica depreciativa, mas no seu sentido etimológico - que "são dessas coisas", ganham eleições e aqui andamos nisto, ganho eu , ganhas tu. Merda eu, merda tu. Estabilidade é que não. Porque há-de vir de lá o Encoberto e nesse não é preciso votar, está predestinado, portanto há-de lá chegar.

Mas vamos desinteressar-nos "dessas coisas" e deixar o nosso futuro e o dos "nossos" filhos, entregue a uma elite de ténias, que anda é a dar reformas ao filhinhos, deles e dos amigos. Gastando o dinheiro dos contribuintes em futilidades e outros destempos de antena. E pergunta o pobre reformado mas para onde foi todo aquele que eu amealhei durante anos? Eles comem-no e não deixam o pobre povo engordar. Porque um significativo número de quase metade da população - portuguesa - "não é dessas coisas..."

E apenas um "pequeno" detalhe para finalizar, minha senhora que "não é muito dessas coisas..." Houve muitas mulheres que lutaram e escalaram mil Everestes para ganhar entre outros o direito ao voto e mesmo assim, ainda há tantas discrepâncias e discriminação e no final, você afinal "não é muito dessas coisas..."

Estava quase que dado a terminar com aquele aforismo de Edmund Burke:
"Para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada."

Mas vou antes terminar com esta:
"Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco."

sábado, 18 de outubro de 2008

Um mundo catita

Já há uns tempos valentes que, esperava pela oportunidade de ver esta série e parece que finalmente, a RTP2 - onde mais poderia ser? - vai fazer o jeito e dia 23 de Novembro às 23:40, vai transmitir o primeiro de seis episódios, de Um mundo catita. Sem dúvida um bom motivo para limpar o pó do leitor de vídeo. (Coisas destas, quase que ganham contornos épicos...)


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Check-in

E como isto não se pode criticar sempre negativamente, também tem de haver crítica positiva, para o efeito da crítica construtiva, que objectivamos neste nosso blog, deixo-vos o link para o sexto boletim informativo da Check!n, "um grupo de pessoas que procuram contribuir para uma melhor Gestão de Prazeres e Riscos associados ao consumo de substâncias psicoactivas e à sexualidade."

Porque isto não é só fados e guitarradas, putas e vinho verde. Farra sim, mas com juízo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ensino e associados

Ensino:
O ensino é uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas.
Ministério da Educação:
O Ministério da Educação é o orgão responsável por organizar o sistema de ensino em Portugal.
Incompetência:
Incompetência é a inabilidade de alguém de desempenhar adequadamente uma determinada tarefa ou missão.
Portugal:
O ensino organizado pelo Ministério da Educação é regido pela incompetência...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O verbo pecar

Pequemos!
Com convicção e precisão, pequemos.
Por um ar mais respirável, pequemos.
Pequemos, que um dia "acertemos"...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Crise e associados

Crise:

Conceito utilizado na sociologia, na política, na economia, na medicina, na psicopatologia, entre outras ciências.
Oriunda do latim, o termo crise tem a mesma equivalência da palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez ocorrido, diferencia-se do que costumava ser. Não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.

Crise Económica:

"A ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos."
Lionel Robbins

Escassez:

Significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. Estando ausentes, a escassez dos recursos e a possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema económico.

Portugal:

Crise, crise económica, escassez...

Dois mortos e um ferido grave num tiroteio em Grijó

Parafraseando os nossos religiosos semelhantes, "são coisas do Demo e do fim do mundo" - ou talvez seja alguma moda, ou um vírus. Há uma certa corja de pessoas, que lembra-se e anda para aí aos tiros. Mas aquilo que eu considero realmente hilariante, é que depois nem coragem têm de admitir e aceitar as consequências da merda (peço desculpa pela linguagem) que fazem e suicidam-se, pelo menos tentam. Mas é claro, isto não afecta a todos do mesmo modo, o - pouco - senhor "Jorge Arbusto", a quem deus falou em sonhos pedindo-lhe que invadisse o Iraque e outras nações "infiéis" e as livrasse das tentações e garras do cornudo, vulgarmente conhecidas por petróleo, este - pouco ou mesmo nada - senhor, que até é capaz de atacar os seus conterrâneos - tudo vale, para que se cumpra a vontade do todo poderoso e omnipotente d(inheiro)eus - não tenta sequer suicidar-se e assim, continuamos, infelizmente, a sofrer as consequências da corrupção, de que em minha opinião ele é porta-voz. Enfim, quem se lixa é o mexilhão, que coze vivo na panela, nas fervuras do seu próprio suor...

Se deus - e não vou discutir a sua presumível existência - tiver aparecido quer em sonhos, quer em alucinações de narcóticos, ou simples mentiras - ao senhor "Jorge Arbusto" Terá antes dito, "Ó Jorge, tu com essa tua capacidade de manipulação davas um grande profeta. Tenho para ti um lugar cativo aqui no meu colinho - upa, upa - que tu hás-de ser bem útil a reclamar alminhas ao Inferno... É que nós aqui lutamos uma guerra como a tua, hipócrita..."

Pecado

O Pecado sempre foi um termo, principalmente usado, dentro de um contexto religioso, e hoje descreve qualquer desobediência à vontade de Deus; em especial, qualquer desconsideração deliberada das Leis reveladas. No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em hebr. hhatá; em gr. hamartáno) significam "errar", no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim, o termo é vertido por peccátu.